Há um bom tempo Alvin Toffler vem se apropriando da intangibilidade dos mercados como fundamento de suas teorias para explicar a velocidade em que o conhecimento se torna obsoleto. De fato o objetivo dele não é questionar a vida útil curta que este conhecimento alcança, mas sim a riqueza gerada por ele, que é o verdadeiro fator que impacta na vida e morte das empresas. O importante não é mais saber se a empresa, e o mercado que esta está inserido vão morrer, mas sim qual a rentabilidade obtida nesta vida – mesmo que curta – da empresa, pois seu fim é inevitável, partindo do pressuposto do conhecimento como fonte de riqueza. Toffler não se declara pai do termo Intangível, pois ele mesmo cita Baruch Lev, professor de Contabilidade e Finanças na Leonard Stern School of Business, da Universidade de Nova Iorque, que escreveu em 2005 o livro com o título: Intangíveis.
É uma pena Alvin Toffler não conhecer Thomas Malthus. Se o conhece, com certeza tem a mesma visão que a humanidade carrega dele: a de um economista vivendo um inferno astral, graças a sua célebre frase: “As pragas são bem vindas!”, e suas previsões apocalípticas.
Na verdade Malthus pode ter sido o primeiro e único futurólogo que foi altamente criticado e condenado pela sua postura radical, mas após três séculos, suas afirmações nunca estiveram tão atuais. A verdade dói.
Claro, que possuía uma visão agrária, mas os serviços seriam opções para que não houvesse um mergulho em rendimentos decrescentes na indústria, confirmado por Ricardo, indo contra a Lei dos Mercados, que era clara no sentido de que toda oferta criaria sua própria demanda.
O caos econômico, previsto por Malthus, que vamos viver foi apenas adiado pela onda global que fez uma inserção profunda da intangibilidade no dia a dia do consumidor. Agora a intangibilidade está vendo se virar contra si a teoria dos rendimentos decrescentes, comprovada pelo fim da era das empresas pontocom.
Se o intangível foi pulverizado no planeta e não houve ninguém que ganhasse dinheiro com seus direitos autorais, o que faremos com esta grande riqueza que provém do mundo virtual, se corremos o grande risco da verdadeira propriedade a ser defendido, o planeta Terra não existir mais? Como lutar por uma inovação tecnológica, que vai fornecer um upgrade na economia, se os consumidores forem pulverizados pela quantidade excessiva de CO2 no planeta?
Está na hora de diminuirmos a velocidade e pararmos de inovar e simplesmente consertar.
* título do documentário de Davis Guggenheim estrelado por Al Gore.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
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